Jogadores do Atlético e Cruzeiro receberam os pequenos guerreiros em dia de treino
“Parecia um sonho, mais foi realidade”, esta foi a frase do Davi Nunes de Oliveira, de 13 anos, que teve a oportunidade de visitar nos últimos dias 21 e 22 de março a Toca da Raposa II e a Cidade do Galo, respectivamente, ambas o centro de treinamento dos dois maiores clubes mineiros: Cruzeiro Esporte Clube e Clube Atlético Mineiro. Assim como Davi, mais outras 13 crianças assistidas pela Fundação Sara de Belo Horizonte acompanharam as visitas com direito a autógrafos dos jogadores, fotos, presença dos mascotes, brindes e muita alegria.
Para a coordenadora social da Fundação Sara, Fernanda Araújo, este momento foi extremamente importante para que as crianças se esquecessem por algumas horas o tratamento doloroso do dia a dia contra o câncer. “Vivemos com as crianças e adolescentes horas recheadas de alegria e muita descontração. A passeioterapia é essencial para que elas sintam-se motivadas a lutar pela vida”, ressaltou.
Para o jovem Davi, que se declarou Cruzeirense apaixonado e não escondeu a emoção ao chegar ao Centro de Treinamento do seu clube de coração, o dia foi inesquecível. “Foi uma tarde muito feliz. Eu nunca imaginei que pudesse estar frente a frente com os jogadores do Cruzeiro e muito menos que eu fosse ganhar uma chuteira do jogador Everton”, lembra o jovem que luta contra a leucemia e é natural de Santa Rita de Minas.
Já a atleticana Stéfany Santos, de 12 anos, vibrou ao encontrar cada jogador do Galo e não se intimidou ao pedir fotos e autógrafos. “Sou atleticana de coração e antecipei alguns dias a minha vinda para o tratamento em Belo Horizonte para não perder a vista à Cidade do Galo. Estou muito feliz”, contou a pequena que mora em Naque no Vale do Aço (MG).
As crianças foram acompanhadas pelos pais e coordenadores da Fundação Sara que também se sentiram motivados e satisfeitos por vivenciarem juntos este momento. “Estamos todos emocionados e agradecidos às equipes do Cruzeiro e Atlético pela receptividade e por terem realizado o sonho dos meninos. Precisamos sempre de apoio para este tipo de ação, para que nossos pequenos sigam com o tratamento e o torne menos doloroso”, ressaltou a supervisora de comunicação da Fundação Sara, Leonídia Rodrigues.
Para o voluntário Matheus Foureaux, acompanhar as visitas aos times foi mais uma lição para a vida. “O choro do Davi foi o mais sincero que eu já vi na minha vida, principalmente pela timidez dele, já fez tudo valer a pena! Tarde para nunca mais esquecer”, escreveu Matheus em mensagem enviada para a assessoria de comunicação da Fundação.
“Mesmo como atleticana apaixonada, senti uma forte emoção ao ver a meninada vidrada nos jogadores do Cruzeiro. Não existe rivalidade neste momento. O objetivo é um só: proporcionar alegria aos assistidos da Fundação Sara”, declarou a embaixadora, Rachel Francine, que esteve nas visitas.
* Texto: Rachel Francine Silveira – jornalista e embaixadora da Fundação Sara