Ação que integra o Setembro Dourado vai chamar a atenção para o combate do retinoblastoma
Conseguir um diagnóstico correto o mais cedo possível é o grande desafio das crianças que têm retinoblastoma, tumor de retina que atinge um a cada 15 mil recém-nascidos. É para chamar a atenção para essa doença que a Fundação Sara Albuquerque Costa, a CAPE – Casa de Acolhida Padre Eustáquio e o Hospital das Clínicas da UFMG realizam nesta sexta-feira, 18, às 19h30, um abraço na Praça da Bandeira. A concentração começa às 19h e todos os participantes receberão vendas no local.
A ação faz parte do Setembro Dourado, mês dedicado ao combate ao câncer infantojuvenil. O retinoblastoma se manifesta normalmente até os dois anos de idade e pode ser detectado por meio do teste do olhinho, que é realizado na maternidade, de consultas de rotina no pediatra, ou por meio de uma foto com flash. “Quando o tumor está crescendo, ele modifica o reflexo nas fotos com flash. Em vez daquele brilho vermelho, a criança fica com um olho branco, o chamado olho de gato”, diz a oncopediatra do Hospital das Clínicas e professora da Faculdade de Medicina da UFMG, Karla Emília de Sá Rodrigues.
Ela diz que o diagnóstico tardio compromete o resultado do tratamento. “Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maior é a chance de salvar a vida e preservar a visão da criança”, afirma e completa que a situação em Minas Gerais não é a ideal. “As crianças estão chegando para o tratamento com a doença muito avançada.”
Karla diz que muitas vezes o pediatra não identifica a doença e demora a encaminhar a criança ao tratamento. Por isso é importante informar e conscientizar não apenas os profissionais de saúde, mas todos que convivem com a criança: pais, familiares, professores, babás, cuidadores.
Setembro Dourado
Além do retinoblastoma, o Setembro Dourado também chama a atenção para os sinais, sintomas e cuidados com todos os tipos de câncer infantojuvenil. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer é a doença que mais mata crianças e jovens entre 1 e 19 anos no Brasil.