Voluntários querem convencer doadores de sangue a se cadastrarem no banco nacional de medula óssea
A Fundação Sara, que acolhe crianças e adolescentes em tratamento de câncer, realiza, nesta segunda-feira (4/fev), Dia Mundial do Câncer, de 7h às 18h, uma ação na Fundação Hemominas (Al. Ezequiel Dias, 321 – Santa Efigênia) para convencer os doadores de sangue a também se cadastrarem no banco de doação de medula óssea. As pessoas serão abordadas e orientadas a realizar a coleta adicional de uma pequena quantidade de sangue, cujas características genéticas serão identificadas e cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).
De acordo com o presidente da Fundação Sara, Álvaro Gaspar Costa, a ampliação do cadastro de doadores de medula óssea é fundamental para aumentar as chances de cura dos portadores de leucemia. “Essa é a forma mais comum de câncer entre crianças e adolescentes, correspondente a 80% dos casos. Na maioria das vezes, o transplante de medula é a única possibilidade de cura para esses pacientes, por isso é tão importante ampliar o número de potenciais doadores”, explica Costa.
Durante a blitz na Fundação Hemominas, os voluntários da Fundação Sara aproveitarão para esclarecer um erro comum sobre a doação de medula: não é necessário retirar amostras da medula para fazer parte do banco. “Apenas quando o doador é compatível com alguém que esteja na fila do transplante ele é chamado para que seja realizada a punção da medula no osso da bacia, o que é feito por meio de um procedimento muito simples e rápido. Ainda assim, a satisfação de salvar uma vida compensa qualquer incômodo”, ressalta o presidente da Fundação Sara.
Sobre a Leucemia
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, no Brasil a leucemia atinge, anualmente, cerca de 8,5 mil pessoas (o risco estimado é de 5 casos novos a cada 100 mil homens e 4 a cada 100 mil mulheres).
É uma doença que se origina a partir da série branca do sangue. Clínica e patologicamente, subdivide-se em grandes grupos. A primeira divisão está em suas formas agudas e crônicas. A leucemia aguda se caracteriza por um aumento rápido nos números de células imaturas do sangue, o que faz com que a medula óssea seja incapaz de reproduzir células sanguíneas saudáveis. Já a forma crônica da leucemia se caracteriza pelo aumento excessivo no número de células maduras anormais da série branca do sangue, levando meses ou até anos para progredir. A segunda divisão diz respeito ao tipo de célula afetado pelas desordens, sendo assim caracterizada como do tipo linfóide ou mielóide.