Juntos contra o câncer

Aurelina luta contra o câncer, assim como seu pai e seu filho.

Diferente do câncer na infância e na adolescência, o câncer em adultos está ligado tanto à herança genética, quanto à fatores externos, como sedentarismo, maus hábitos alimentares, exposição solar e outros.

A Aurelina é um exemplo de histórico familiar de câncer. No período em que ela acompanhava o tratamento do pai, percebeu que algo nela não estava normal – algumas deformações na mama. De acordo com a oncologista clínica da Santa Casa de Montes Claros, Juliana Cardoso, esse é um dos sinais do câncer de mama – inversão do mamilo, vermelhidão na pele da mama e a saída de secreção pelo mamilo – além de nódulos — na maioria das vezes indolor — nas próprias mamas ou nas axilas.

Aurelina descobriu estar com câncer de mama durante o tratamento de seu pai.

Preocupada, Aurelina procurou atendimento médico e foi submetida a alguns exames. Como não havia muita precisão no resultado, foi feita uma biópsia e veio a confirmação: câncer de mama.

“Foi um choque para mim passar de cuidadora a paciente”, diz. Meses após o início do tratamento, a mama precisou ser retirada.

Descoberta do câncer infantojuvenil

Em julho de 2019, um mês após a retirada da mama, mais um diagnóstico veio à tona e, novamente, desestruturou a família da Aurelina. Algumas manchas surgiram na pele do filho Deivid Gabriel, de nove anos. Nos cinco dias seguintes, vários outros sintomas foram aparecendo nele: dores no corpo, pele amarelada, falta de apetite, perda de peso, e, por último, sangramento intenso pelo nariz.

Após a realização de alguns exames, veio o diagnosticado: leucemia. Segundo a mãe, assim como o diagnóstico, o início do tratamento foi rápido. Atualmente, Deivid está em tratamento na Santa Casa de Montes Claros.

Força e superação

Com baixa imunidade, não é recomendável que a Aurelina acompanhe o filho nas internações, por isso, a missão fica para o pai, enquanto ela cuida do caçula, de cinco, anos em casa. A família se apoia um no outro para seguir em frente.

“A gente está levando. Deus no controle, né? Só assim para continuar. Muita coisa já deu certo. O importante é acreditar que tudo vai passar. A gente conta com o apoio da Fundação Sara, da igreja, dos vizinhos, parentes e amigos. Se não fosse assim não teríamos conseguido ir tão longe”, diz.